LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília
A Previdência Social registrou deficit de R$ 29,9 bilhões no acumulado do ano até agosto, com crescimento de 14,8% ante o mesmo período do ano passado. A arrecadação foi de R$ 111,83 bilhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 141,7 bilhões.
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Em agosto, o deficit foi de R$ 5,19 bilhões, com aumento de 67% em relação ao mesmo mês do ano passado. As despesas com pagamentos de benefícios fecharam o mês em R$ 19,59 bilhões, superando a arrecadação de R$ 14,4 bilhões. Em relação a julho, quando o deficit foi de R$ 3,09 bilhões, houve aumento de 22,4%.
O governo atribui parte do crescimento do deficit ao pagamento antecipado de parcela do 13º de beneficiários que recebem até um salário mínimo em agosto, que somou R$ 1,62 bilhão.
Ano
O ministro José Pimentel (Previdência) atribui o aumento anual ao reajuste real do salário mínimo, que ficou acima do crescimento real de 5,6% das receitas.
"Estamos tendo de um lado o crescimento das receitas dentro do projetado e firmamos um acordo com a sociedade brasileira de reajustar o mínimo com o ganho real", afirmou.
Para 2010, o ministro aposta em um crescimento maior nas receitas por conta do aumento na criação de empregos e previsões de expansão do PIB (Produto Interno Bruto). Pimentel diz ainda que a Previdência Social urbana não deverá ter deficit no próximo ano. Em 2009, a projeção é fechar a parte urbana com deficit de R$ 1,3 bilhão.
O governo espera fechar o ano com um deficit de R$ 41,4 bilhões, acima dos R$ 38,2 bilhões registrados em 2008.
Valores
Em agosto, 69% dos benefícios pagos pela Previdência possuíam valor de até um salário mínimo. Isso representa 18,4 milhões de beneficiários que ganham o piso do INSS ou benefícios assistenciais menores que esse valor.
Eles representam 46,7% dos benefícios pagos na área urbana (7,2 milhões de pessoas) e 99,3% na área rural (7,8 milhões de beneficiários).
O valor médio dos benefícios e aposentadorias pagos no ano chegou a R$ 707,41, o que representa um aumento real (acima da inflação medida pelo INPC) de 27,1% desde 2002.
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